sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Otimizando um ambiente com aplicativos virtualizados

Quando falamos em virtualização, creio que a primeira coisa que vem à mente é uma máquina física hospedando diversas máquinas virtuais, seja servidores com divisão de roles ou estações de trabalho com ambientes de testes de aplicativos.

Mas a virtualização é muito mais que isso. Existem novas tecnologias de virtualização e, hoje, vou falar um pouquinho sobre uma delas: virtualização de aplicativos.

Imaginemos uma rede com 500 estações de trabalho e uma equipe de TI bem pequena (se parece com alguma empresa?). Digamos que acabou de sair a nova versão do Office e todas as 500 estações de trabalho precisam ser atualizadas. Porém, não há nenhuma tecnologia de distribuição de aplicativos configurada e o processo de atualização será manual, ou seja, máquina por máquina (continua parecendo com alguma empresa?).

E se, ao invés de instalarmos o Office em cada estação de trabalho, o mesmo fosse disponibilizado como um "serviço de rede"? Pois é justamente essa a idéia de um aplicativo virtualizado: Ele não é instalado e sim, "emulado". A Microsoft dispõe de uma ferramenta chamada Application Virtualization ou, simplesmente, App-V.

Uma das vantagens de se trabalhar com essa tecnologia é a atualização do aplicativo. Apenas 1 aplicativo precisa ser atualizado com Service Packs e Patches e não 500. Outra grande vantagem está no fato de poder executar diversas versões do mesmo aplicativo, ou seja, é possível executar o Word 2000, Word 2003 e Word 2007 na mesma máquina ao mesmo tempo. A distribuição dos aplicativos é feita através do Active Directory e é totalmente transparente ao usuário.

Digamos que um usuário precise do Word 2007. Basta adicionar tal usuário ao grupo definido para usar o Word 2007 e, dependendo de como foi configurado o cliente do App-V na estação de trabalho do usuário, uma simples sincronização com o servidor do App-V trará o Word 2007 para o desktop do usuário sem reinicialização ou logoff/login.

O único ponto a ser observado é a compatibilidade do aplicativo. Um aplicativo que só é compatível com o Windows XP, mesmo virtualizado e emulado no Windows 7, não será executado. Para casos como este, a Microsoft possui outra tecnologia de virtualização, mas isso é assunto para outro post. Só para os curiosos, a tecnologia se chama Microsoft Enterprise Desktop Virtualization (MED-V).

O App-V é parte do Microsoft Desktop Optimization Pack (MDOP) e está disponível a clientes Microsoft com benefício Software Assurance.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Windows Server 2008 R2: Novidades

Conheça agora algumas das novidades do novo Windows Server 2008 R2:

Server Core
No Windows Server 2008, o Server Core executava apenas algumas roles, pois não possuía suporte ao .NET Framework. Pois agora ele suporta e pode executar qualquer uma das funções disponíveis.

PowerShell 2.0
A nova versão do PowerShell ganhou uma interface gráfica com diversos recursos como "coloração de sintaxe" e debugging. Além disso, cerca de 240 novos cmdlets foram implementados, o que trouxe novas integrações com recursos como Active Directory, Group Policy, Best Practices Analyzer, IIS, entre outros.

Active Directory Administrative Center (ADAC)
Nova console para gerenciamento de contas do domínio e execução de tarefas comuns como troca de senha e desbloqueio de usuário através de uma interface simples e prática.

Active Directory Recycle Bin
Basicamente, o Active Directory ganhou uma lixeira. Todos os objetos excluídos (usuários, computadores, unidades organizacionais, etc.) vão para a lixeira do AD e podem ser recuperados através de cmdlets do PowerShell. Vale lembrar que este recurso, por padrão, não vem habilitado e alguns critérios precisam ser atendidos para sua ativação.

Service Account Management
Por questões de segurança, é comum o uso de "contas de serviço" para iniciar serviços específicos de uma rede como, por exemplo, um usuário SQLService para iniciar o servidor de banco de dados SQL Server. Agora a pergunta: Com que periodicidade a senha desta conta é alterada? NUNCA! A alteração dessa senha implica na suspensão de todos os servidores de banco de dados que a utilizam até que se logue em cada um e faça a atualização manual. É aí que entra o novo Service Account. Uma vez trocada a senha de uma conta de serviço, o próprio Windows se encarrega de atualizá-la em todos os servidores que a utilizam. Vale lembrar que este recurso só é compatível com Windows Server 2008 R2 e Windows 7.

Hyper-V 2.0
O Hyper-V 2.0 trouxe o Live Migration em substituição ao Quick Migration da versão 1.0. Como o próprio nome sugere, a migração de máquinas virtuais entre servidores acontece "a quente", ou seja, sem que a máquina virtual precise ser parada durante a migração.

Distributed File System (DFS)
O DFS ganhou suporte a clusterização do Namespace e Replication Checkpoints, que resume uma sincronização do ponto onde parou.

Server Manager
O Server Manager pode agora ser acessado remotamente através da console do MMC. Outra novidade é a integração do Best Practice Analyzer a sua interface. Dessa forma, podemos verificar se determinadas roles atendem as regras de melhores práticas de segurança.

File Classification
Nova tecnologia que permite a classificação dos arquivos armazenados em um servidor de arquivos, com base em regras estabelecidas pela própria empresa. A partir desta classificação, pode-se criar tarefas como: movimentação de arquivos para determinadas áreas, backups mais constantes de arquivos importantes ou data para arquivos antigos expirarem.

Para uma listagem completa de todas as novidades, acesse: http://www.microsoft.com/windowsserver2008/en/us/default.aspx

Até a próxima.